quarta-feira, 13 de março de 2013

Neocolonialismo


Neocolonialismo

Durante o século XIX, principalmente em sua segunda metade, desenvolveu-se um processo de conquistas sobre a África e Ásia, denominado Neocolonialismo. Praticamente todo o continente africano foi conquistado, exceção à Etiópia e a Libéria, pelas potências européias. Os territórios dominados por Portugal e Espanha eram os mais antigos.
O Neocolonialismo foi a principal expressão do imperialismo, forma assumida pelo capitalismo a partir da Segunda Revolução Industrial. O domínio das potências européias não foi apenas econômico, mas completo, ou seja, militar, político e social, impondo à força um novo modelo de organização do trabalho, que pudesse garantir, principalmente, a extração de minérios, para as industrias da Europa. `A violência militar e a exploração do trabalho, somam-se as imposições sociais, incluindo a disseminação do cristianismo entre os povos nativos, num processo de aculturação e na maioria dos casos, de destribalização.

Causas e Justificativas

- Busca de matéria-prima.

- Conquista de mercados-consumidores.

- Acomodação de excedentes populacionais (secundário)

- Estruturação de bases estratégicas ( neutralizando a concorrência )

- Missão civilizadora ( Principal justificativa )

- Darwinismo social (Spencer )

                                 A Partilha de África (português europeu) ou Partilha da África (português brasileiro), também conhecida como a Corrida a África ou ainda Disputa pela África, foi a proliferação de reivindicações europeias conflitantes ao território africano durante o período do Neo-imperialismo, entre a década de 1880 e a Primeira Guerra Mundial em 1914, que envolveu principalmente as nações da França e Reino Unido, embora também participasse do conflito a Itália, Bélgica, Alemanha, Portugal, Espanha e, em menor intensidade, Estados Unidos, este último participou da fundação da Libéria.[1]

                               A segunda metade do século XIX, em torno do ano 1880, assistiu a transição do "Imperialismo informal", que exercia o controle através da influência militar e da dominação econômica para um domínio mais direto. As pretensões de mediar a concorrência imperial, tal como aConferência de Berlim (1884 - 1885), entre o Reino Unido, França e Alemanha não pôde estabelecer definitivamente as reivindicações de cada uma das potências envolvidas. Essa disputa pela África esteve entre os principais fatores que deram origem à Primeira Guerra Mundial.

Podemos compreender o termo “Partilha da Ásia” como um equivalente à política colonial europeia promovida na África à mesma época, cerca de final do século XIX. Tal período marca o auge do colonialismo europeu, onde praticamente dois terços dos territórios em todo mundo estavam de alguma forma subordinados a alguma potência da Europa Ocidental.

Anteriormente, várias regiões do continente asiático já estavam sob ocupação ou influência europeia, especialmente dos portugueses (várias áreas da Índia e Indonésia, Sri Lanka, Malaca (Malásia), Macau (China), Mascate (Omã), Barém, e Nagasaki (Japão)), espanhóis (Filipinas) e holandeses (Indonésia, conhecida como Índias Holandesas). No fim do século XIX e início do XX, porém, tal panorama havia sido bastante modificado. Portugal àquela altura perdera quase todos seus territórios asiáticos, mantendo apenas algumas possessões na Índia, além de Macau e Timor; a Espanha perderia as Filipinas aos americanos em meio às concessões feitas durante a guerra hispano-americana de 1898, e os holandeses conseguiriam preservar suas possessões na Indonésia, tornando-se esta a sua mais importante colônia.

A Oceânia é o continente cuja colonização ocorreu mais recentemente, mas, mesmo antes da chegada dos europeus, suas terras já eram habitadas por inúmeros povos nativos, entre eles osaborígenes australianos, considerados um dos mais primitivos do mundo. Os primeiros humanos a habitar a Oceania vieram do sudeste asiático.

- África
Na metade do século XIX a presença colonial européia na África estava limitada aos colonos holandeses e britânicos na África do Sul e aos militares britânicos e franceses na África do
Norte.
A descoberta de diamantes na África do Sul e abertura do Canal de Suez, ambos em 1869, despertaram a atenção da Europa sobre a importância econômica e estratégica do continente. Os países europeus rapidamente começaram a disputar os territórios.
Em algumas áreas os europeus usaram forças militares para conquistar os territórios, em outras, os líderes africanos e os europeus entraram em entendimento à respeito do controle em conjunto sobre os territórios. Esses acordos foram decisivos para que os europeus pudessem manter tudo sob controle.
Grã Bretanha, França, Portugal e Bélgica controlavam a maior parte do território africano, a Alemanha também possuía lá, muitas terras mas, as perdeu depois da I Guerra Mundial.
Os estilos variavam mas, os poderosos colonizadores fizeram poucos esforços para desenvolver suas colônias. Elas eram apenas locais de onde tiravam
matérias-primas e para onde vendiam os produtos manufaturados.
Talvez o pior legado do Colonialismo tenha sido a divisão da África em mais de 50 Estados cujas fronteiras foram demarcadas sem dar a menor importância aonde as pessoas viviam e como organizavam sua própria divisão política.
As fronteiras atuais, em geral, dividem uma única comunidade étnica em duas ou mais nações. Por exemplo: embora a maioria dos Somalis vivam na Somália, eles constituem uma significativa minoria no Kênia e na Etiópia e muitos deles gostariam de ser cidadãos da Somália.
Outro legado ruim do Colonialismo foi o seu efeito na vida econômica dos povos africanos. O sistema colonial destruiu o padrão econômico que lá existia. O colonialismo também ligou a África economicamente às grandes potências e os benefícios desse sistema sempre vão para os países poderosos e nunca de volta para África.
A história da exploração econômica teve um papel importante na forma como certos governos africanos independentes, se preocuparam em desenvolver suas próprias economias. Alguns países como a Costa do Marfim, criaram uma base econômica orientada para a exportação dentro das regras coloniais. Outros, como a Tânzania, procuraram redirecionar sua economia para a produção de grãos e de bens necessários para o seu povo.
O terceiro mal causado pelo colonialismo foi a introdução das idéias européias de superioridade racial e cultural, dando pouco ou nenhum valor às manifestações culturais dos povos africanos. Aos poucos os africanos estão recuperando o orgulho por sua cor, raça e cultura.

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