segunda-feira, 18 de março de 2013

Capitalismo Monopolista

               Capitalismo Monopolista
 
 
A primeira metade do século XIX foi caracterizada pelo capitalismo liberal e pelo "laissez-faire". A Inglaterra, pioneira no processo de industrialização, proclamou-se a "oficina do mundo", defendendo a liberdade de vender seus produtos em qualquer país, sem barreiras alfandegárias, bem como o livre acesso às fontes de matérias primas.
 
A partir de meados do século, o desenvolvimento tecnológico levou ao surgimento de novos métodos de obtenção do aço, produzindo um material mais resistente e maleável, utilizado em máquinas, na construção civil, nos transportes e em objetos de uso corrente. Novas fontes de energia, como o gás e a eletricidade, substituíram gradativamente o vapor. Vários tipos de motor de combustão interna (a gás, a óleo ou a gasolina) possibilitaram o aperfeiçoamento dos meios de transporte (navio, trem, automóvel). Desenvolveram-se as siderúrgicas, a metalurgia a mecânica pesada, a indústria petrolífera, o setor ferroviário e de telecomunicações (telégrafo, telefone e rádio).
 
0 aumento da mecanização e da divisão do trabalho nas fábricas permitiram a produção em massa, reduzindo os custos por unidade e incentivando o consumo. A cada progresso técnico introduzido, os países industrializados alargavam o mercado interno e conquistavam novos mercados externos. A riqueza acumulava-se nas mãos da burguesia industrial, comercial e financeira desses países. Ela não representou o fim da miséria dos trabalhadores, que continuavam submetidos a baixos salários, mas contribuiu para a elevação geral do nível de vida.
 
Os avanços técnico-científicos exigiam a aplicação de capitais em larga escala, produzindo fortes modificações na organização e na administração das empresas. As pequenas e médias firmas de tipo individual. e familiar cederam lugar aos grandes complexos industriais. Multiplicaram-se as empresas de "sociedade por ações" ou "sociedade anônima" de capital dividido entre milhares de acionistas, permitindo a captação da poupança de pequenos investidores, bem como associações e fusões entre empresas.
 
Esse processo ocorreu também nos bancos: um número restrito deles foi substituindo a multidão de pequenas casas bancárias existentes. Ao mesmo tempo, houve uma aproximação das indústrias com os bancos, pela necessidade de créditos para investimentos e pela transformação das empresas em sociedades anônimas, cujas ações eram negociadas pelos bancos. 0 capital industrial, associado assim ao capital bancário, transformou-se em capital financeiro, controlado por poucas grandes organizações.
 
A expansão do sistema capitalista conviveu com crises econômica que ocorreram com uma certa regularidade no século XIX e também posteriormente, sendo consideradas naturais pelos economistas liberais, Tais crises, de modo geral, obedeciam ao seguinte ciclo: a uma fase de alta de preços, salários, taxas de juros e lucros, acontecia a falência de uma ou de várias empresas e bancos incapazes de saldar seus compromissos, devido a má administração, a especulação ou a qualquer outro fator.
 
A falência afetava a confiança do público e dos acionistas de outras empresas e bancos, reduzindo o consumo e o investimento. As indústrias diminuíam o ritmo da produção, caíam o emprego e o poder de compra da população, acarretando novas baixas de preços, lucros e mais falências. Quando os estoques de produtos esgotavam-se, a produção ré tomava lentamente o crescimento, com um menor número de empresas e ma ior concentração do capital, restabelecendo o equilíbrio do sistema.
 
 


 
O cartel é a união secreta de empresas do mesmo ramo de negócios, que estabelecem entre si acordos para fixar um mesmo preço para seus produtos. Com a tabelação do mesmo preço entre os produtos de diferentes empresas, elas acabam com a concorrência entre si, ou seja, quem sai prejudicado é o consumidor, que perde a possiblidade de procurar o menor preço, pois sem a concorrência entre as empresas não existe menor preço. Dessa forma, o cartel é a padronização dos preços dos mesmos produtos em diferentes empresas. A empresa que se recusa a participar do cartel é sabotada e seus proprietários, ameaçados.
 
 
 
Os trustes são associações de empresas que surgiram a partir da fusão de várias empresas que já controlavam a maior parte do mercado. Portanto, trustes são formados quando proprietários de empresas concorrentes se tornam sócios de uma única grande empresa. Assim, passam a controlar grande parte do mercador consumidor, diminuindo também a concorrência e a possibilidade de o consumidor encontrar produtos com menores preços.
 
 
A partir do momento que grandes empresários, no lugar de montar suas próprias indústrias, passam a comprar ações de empresas de um mesmo ramo de negócio, surgem as holdings. Dessa maneira, os empresários começam a controlar ações de duas ou três empresas concorrentes, que produzem um mesmo produto. Portanto, se um mesmo empresário é o proprietário de três empresas que produzem copos descartáveis, a concorrência não existe, configurando-se como uma farsa.
 
 
Perguntas
 


Capitalismo e a Nova Ordem Mundial01- Numere a frase com sua respectiva resposta:
1 - Associação de empresas autônomas que contam com um organismo comercial comum para controle de preços de venda, da quantidade da produção, da distribuição dos mercados entre os participantes e da provisão de matéria-prima.
2 - União financeira em que a maioria das ações de empresas diferentes é controlada por um único grupo.
3 - Fusão de várias empresas numa só unidade, com absorção das mais débeis econômica ou financeiramente pelas mais fortes.
4 - Empresas reunidas sob uma gestão comum, deixando-se a cada uma sua autonomia produtiva.
( ) Truste
( ) Holding
( ) Cartel

02- No final do século XIX deu-se a passagem do capitalismo de livre concorrência para o capitalismo dos monopólios. Neste período situa-se a fase em que, para as grandes potências industriais, a exportação de capitais tornou-se mais importante do que a exportação de mercadorias. Esta é uma das explicações para
a) a origem do imperialismo.
b) o pioneirismo industrial britânico.
c) o surgimento dos bancos.
d) a eclosão da Guerra Fria.
e) a formação do mercado comum europeu.

03- Na Nova Ordem Mundial após Guerra Fria, a organização econômica e política do poder mundial está representada pela divisão:
a) Europa, Japão, Tigres Asiáticos.
b) Japão/Estados Unidos e CEI (Comunidade de Estados Independentes).
c) mundo bipolarizado entre EUA e Japão.
d) divisão Leste/Oeste: EUA e CEI (Comunidade de Estados Independentes). e) blocos econômicos: Tigres Asiáticos, União Européia, CEI (Comunidade de Estados Independentes) Nafta, Mercosul.

04-Segundo Maurice Crouzet: "Desde o fim das operações militares na Europa e na Ásia, as desconfianças se agravam, os mal-entendidos, as suspeitas, as acusações se acumulam de parte a parte, as oposições entre os aliados se aprofundaram e culminaram, em alguns anos, em um conflito que, em todos os domínios - salvo o das armas - assumiu caráter de uma verdadeira guerra, é a Guerra Fria, acompanhada de uma espetacular dissolução de alianças que caracteriza o segundo pós-guerra." Sobre a Guerra Fria, é correto afirmar:
a) ocorreu entre 1947 e 1991 e foi caracterizada pela divisão do mundo em dois blocos políticos ideológicos antagônicos. De um lado, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas; de outro, os Estados Unidos.
b) ocorreu entre 1945 e 1968 e foi caracterizada pela divisão do mundo em dois blocos políticos ideológicos antagônicos. De um lado, os países do Primeiro Mundo; de outro, os países em desenvolvimento.
c) ocorreu após a derrota dos EUA no Vietnã, dividindo a Ásia em dois blocos: um apoiando os EUA e o outro apoiando a República Popular da China.
d) ocorreu entre 1945 e 1991 e foi caracterizada pela divisão do mundo em dois blocos políticos ideológicos antagônicos. De um lado, os EUA e seus aliados; de outro, as forças do terrorismo internacional que lutam contra os norte-americanos.
e) existe desde o fim da Segunda Guerra Mundial e opõe a Doutrina Truman ao Plano Marshall.

05- No princípio dos anos 90, diversos países europeus assinaram o Tratado de Maastricht (1991). Além de consolidar um processo específico do sistema de unificação econômica europeu iniciado nas décadas anteriores, a assinatura do Tratado é também marcada por tendências dominantes no cenário mundial, destacando-se
a) a liberalização do comércio de produtos do setor agrícola, que permitiu o aumento do volume das exportações primárias do Terceiro para o Primeiro Mundo.
b) o desenvolvimento dos sistemas públicos internacionais de saúde e previdência, marcando o apogeu do Estado de Bem-Estar Social.
c) a consolidação de megablocos econômicos e estratégicos como característica da chamada globalização.
d) a redução de gastos militares em virtude da chamada coexistência pacífica do Ocidente com a URSS.
e) o decréscimo gradativo da concorrência por mercados entre os países ricos, como conseqüência do neoliberalismo.

06- O orgulho e o irracionalismo que conduziram o mundo em conjunto para um desequilíbrio cada vez mais insuportável entre as redes financeiras e econômicas, que acumulam riquezas, e as sociedades fragmentadas, cada vez mais desiguais, não podem continuar se escondendo atrás do tema ambíguo da globalização. Podemos discutir as vantagens e os inconvenientes da crescente internacionalização das trocas, mas esse debate complexo não tem muito a ver com a realidade brutal oculta pela palavra "globalização". Esta proclama a superioridade de uma economia mundializada sobre todos os processos de controle exercidos em nível nacional. Em seu nome, falou-se muito no declínio dos Estados nacionais, quando a realidade observável não corresponde a esse tema de propaganda que busca afirmar o direito de um capitalismo sem controle nem regras a dominar o mundo. (Alain Touraine. "A política contra a cegueira". "Folha de S.Paulo. Caderno Mais!" 27.01.2002) O autor argumenta a favor da idéia de que a globalização
a) possibilitou amenizar as desigualdades sociais e econômicas no mundo capitalista, preparando-o para uma sociedade mais igualitária.
b) tem enfraquecido principalmente as organizações políticas dos Estados nacionais, sem contudo afetar as organizações econômicas nos seus mercados interno e internacional.
c) enfraqueceu ainda mais o controle que os Estados podiam exercer sobre o capitalismo, ao se considerarem principalmente sociedades com economias desiguais.
d) tem beneficiado igualmente todos os países do mundo, quando aliada à mundialização política e cultural. e) possibilitou a internacionalização das trocas, amenizando a brutalidade dos impactos do capitalismo "selvagem".

07- Segundo Samuel Huntington (autor do livro, "O choque das civilizações e a recomposição da ordem mundial"), o mundo está dividido em nove "civilizações" conforme o mapa acima. Na opinião do autor, o ideal seria que cada civilização principal tivesse pelo menos um assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas Sabendo-se que apenas EUA, China, Rússia, França e Inglaterra são membros permanentes do Conselho de Segurança, e analisando o mapa anterior pode-se concluir que
a) atualmente apenas três civilizações possuem membros permanentes no Conselho de Segurança.
b) o poder no Conselho de Segurança está concentrado em torno de apenas dois terços das civilizações citadas pelo autor.
c) o poder no Conselho de Segurança está desequilibrado, porque seus membros pertencem apenas à civilização Ocidental.
d) existe uma concentração de poder, já que apenas um continente está representado no Conselho de Segurança.
e) o poder está diluído entre as civilizações, de forma que apenas a África não possui representante no Conselho de Segurança.

08- Em 1993, Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai estruturaram o Mercosul, enquanto Estados Unidos, Canadá e México estabeleciam o Nafta, seguindo a tendência mundial de formação de blocos econômicos. Atualmente se está discutindo a formação da Área de Livre Comércio das Américas. Sobre a proposta dessa criação é correto afirmar que:
a) é contrária ao neoliberalismo, pois propõe a defesa das economias nacionais e a proteção aos pequenos agricultores.
b) significa um grande avanço, pois defende um comércio mais intenso entre os países de todo o continente americano, incluindo Cuba, o que será um fator de ativação para a economia brasileira.
c) garante o livre trânsito de mercadorias, capitais e pessoas em todo o continente.
d) afeta, além do comércio, o meio ambiente, a educação, os direitos trabalhistas, os modelos agrícolas e a tecnologia.
e) tem sido discutida abertamente desde 1997, e todos os países, inclusive o Brasil, têm seus negociadores que garantem, nas reuniões, o respeito aos interesses e necessidades do país.

09-Leia o texto que segue. "O século XX foi, contudo, o primeiro em que o capitalismo enfrentou um sistema contraditório, que pretende substituí-lo. O fato de que o tenha derrotado não supõe o fim da história, mas o ingresso desta em nova etapa. A continuidade das contradições internas ao capitalismo - e, portanto, da história, que tem nessas contradições seu motor - fica comprovada pelo clima de guerra e de confrontos, e não de convivência pacífica e harmônica, de turbulências econômicas, e não de estabilidade, de maior, e não menor polarização entre riqueza e miséria. A humanidade não é mais feliz do que antes da consolidação da Nova Ordem, a violência não é menor, nem o consumo de drogas ou os desequilíbrios ambientais. A liberação das forças do capital para que ajam sem freios não realizou - ao contrário da utopia liberal da "mão invisível do mercado" - a harmonia, a cooperação, a paz, mas seus contrários. Em seu próprio momento de triunfo, o capitalismo revela todos os desastres e as injustiças que estão em seu âmago."
(SADER, E. "Século XX: uma biografia não autorizada." São Paulo: Perseu Abramo, 2000, p. 136.)Em relação às considerações do autor e ao contexto histórico ao qual se refere, analise as afirmações a seguir.
I - O desaparecimento da URSS produziu a instabilidade política no mundo capitalista, ao gerar problemas inéditos como o narcotráfico, o desequilíbrio ecológico, a questão migratória e a separação Norte-Sul.
II - A globalização neoliberal, ao fortalecer o Estado de bem-estar social, não ampliou as contradições do capitalismo, nem os desequilíbrios sociais e econômicos.
III - O bloqueio e os bombardeios sistemáticos contra o Iraque, assim como a intervenção militar da OTAN na crise dos Bálcãs, confirmam o papel dos EUA como Estado "hegemônico" da Nova Ordem Mundial. IV - O clima de guerra referido está expresso nos atentados contra o World Trade Center (1993) e as embaixadas norte-americanas no Quênia e na Tanzânia (1998), assim como na resposta dos EUA, bombardeando o Sudão e o Afeganistão.
V - O movimento antiglobalização, presente em mobilizações e manifestações como as de Seatle, Porto Alegre e Gênova, tem-se mostrado pouco combativo, sendo recebido com indiferença pelo G-7.

 
 
 
 
 
 
 

quarta-feira, 13 de março de 2013

Religiões

  • O cristianismo é uma religião monoteísta, isto é, acreditam em um único Deus. Atualmente conta com 1,9 bilhão de seguidores em todo o mundo. O termo "cristianismo" vem da palavra "cristo", que significa "pessoa consagrada, messias". Os cristãos acreditam que o espírito é eterno. Assim como ocorreu com Cristo, que ressuscitou após sua morte. Seus ensinamentos estão escritos na Bíblia, que é seu livro sagrado.



    • O judaísmo também é uma religião monoteísta e atualmente tem o menor número de fiéis: aproximadamente 12 a 15 milhões de seguidores em todo o mundo. Para os judeus, Deus criou o universo e
      continua responsável tomar conta dele. A Torá, ou a Bíblia Hebraica é o livro sagrado dessa religião.

    • Outra religião monoteísta é o islamismo. O deus dos islâmicos é chamado de Allah e esta religião nasceu com a revelação do livro sagrado dos muçulmanos, o Alcorão. Conta hoje com mais de 1,2 bilhão seguidores.

    • O budismo é uma religião fundada pelo príncipe Siddartha Gautama, aproximadamente 500 anos antes no nascimento de Cristo. Atualmente estima-se que tenha entre 250 e 550 milhões de adeptos no mundo. O príncipe, que ficou conhecido como Buda Gautama pregava sobre o desapego material e a importância de seguir princípios morais baseados na verdade e no respeito ao próximo e também sobre a importância da meditação.

    • Existem também as religiões politeístas, ou seja, as que acreditam em vários deuses e não em um único. O hinduísmo é uma dessas religiões, sendo que o deus principal é o Brahma, considerado o criador e, junto com Shiva e Vishnu, formam a tríade divina, que para os cristãos é o que representa Pai, Filho e Espírito Santo. Os ensinamentos dos hinduísmo estão nos chamados Quatro Livros Sagrados dos Vedas. Estatísticas mostram que essa religião conta com aproximadamente 700 milhões de adeptos em todo mundo.
     
    Demais Religiões
    Evangélicos
    Essa religião surgiu no século 16, quando o teólogo alemão Martinho Lutero rompeu com a Igreja Católica e criou o protestantismo. Entre outras coisas, ele rejeitou crenças como a autoridade do papa e o culto à Maria e aos santos. Em países como o Brasil, as igrejas que descendem daí recebem o nome de evangélicas. Algumas mais famosas são a Assembleia de Deus, Congregação Cristã no Brasil, Batista, Presbiteriana e Universal.
    ACREDITAM: na salvação por meio de Jesus Cristo e no paraíso ou no inferno como vidas após a morte. Os evangélicos se reúnem em cultos no mínimo uma vez por semana. Para falar com Deus eles oram. Por existirem muitas igrejas distintas (também conhecidas como denominações) eles seguem diferentes regras no que diz respeito a roupas e hábitos. Por exemplo, em algumas igrejas mulheres usam apenas saias e cabelos compridos. Enquanto outras são mais modernas e realizam grandes festas e até campeonatos esportivos
     

    Afro-brasileiros
    Os negros que vieram para o Brasil durante o período da escravidão na época da colonização trouxeram consigo muitas crenças africanas que acabaram fazendo parte da cultura brasileira, como o candomblé e a umbanda, que são diferentes, mas também possuem algumas similaridades.
    ACREDITAM: em orixás, que são deuses das nações africanas que criam e governam o mundo por ordem de Olorum, a divindade máxima. Cada orixá domina um elemento da natureza e um sentimento humano. É jogando os búzios que os pais ou mães de santo se comunicam com os orixás. E a Umbanda, criada no Rio de Janeiro no século 20, une crenças e rituais africanos com indígenas e europeus e acredita em entidades guias que são incorporadas por iniciados.

    Espíritas
    Como os católicos e os protestantes, os espíritas também acreditam que Jesus Cristo é o filho de Deus, mas seguem a Bíblia para explicar como funciona o mundo espiritual. Essa crença foi fundada pelo professor francês Allan Kardec. Seus pensamentos foram formulados em 1857 no Livro dos Espíritos.
    ACREDITAM: que os espíritos nascem e renascem na Terra por várias encarnações até atingirem a perfeição. E que vivos e mortos podem se comunicar por meio de médiuns e, nos centros espíritas, é comum que eles recebam passes de membros mais sensitivos que os harmonizam, removendo as vibrações negativas e substituindo-as por bons fluidos.
     

    Neocolonialismo


    Neocolonialismo

    Durante o século XIX, principalmente em sua segunda metade, desenvolveu-se um processo de conquistas sobre a África e Ásia, denominado Neocolonialismo. Praticamente todo o continente africano foi conquistado, exceção à Etiópia e a Libéria, pelas potências européias. Os territórios dominados por Portugal e Espanha eram os mais antigos.
    O Neocolonialismo foi a principal expressão do imperialismo, forma assumida pelo capitalismo a partir da Segunda Revolução Industrial. O domínio das potências européias não foi apenas econômico, mas completo, ou seja, militar, político e social, impondo à força um novo modelo de organização do trabalho, que pudesse garantir, principalmente, a extração de minérios, para as industrias da Europa. `A violência militar e a exploração do trabalho, somam-se as imposições sociais, incluindo a disseminação do cristianismo entre os povos nativos, num processo de aculturação e na maioria dos casos, de destribalização.

    Causas e Justificativas

    - Busca de matéria-prima.

    - Conquista de mercados-consumidores.

    - Acomodação de excedentes populacionais (secundário)

    - Estruturação de bases estratégicas ( neutralizando a concorrência )

    - Missão civilizadora ( Principal justificativa )

    - Darwinismo social (Spencer )

                                     A Partilha de África (português europeu) ou Partilha da África (português brasileiro), também conhecida como a Corrida a África ou ainda Disputa pela África, foi a proliferação de reivindicações europeias conflitantes ao território africano durante o período do Neo-imperialismo, entre a década de 1880 e a Primeira Guerra Mundial em 1914, que envolveu principalmente as nações da França e Reino Unido, embora também participasse do conflito a Itália, Bélgica, Alemanha, Portugal, Espanha e, em menor intensidade, Estados Unidos, este último participou da fundação da Libéria.[1]

                                   A segunda metade do século XIX, em torno do ano 1880, assistiu a transição do "Imperialismo informal", que exercia o controle através da influência militar e da dominação econômica para um domínio mais direto. As pretensões de mediar a concorrência imperial, tal como aConferência de Berlim (1884 - 1885), entre o Reino Unido, França e Alemanha não pôde estabelecer definitivamente as reivindicações de cada uma das potências envolvidas. Essa disputa pela África esteve entre os principais fatores que deram origem à Primeira Guerra Mundial.

    Podemos compreender o termo “Partilha da Ásia” como um equivalente à política colonial europeia promovida na África à mesma época, cerca de final do século XIX. Tal período marca o auge do colonialismo europeu, onde praticamente dois terços dos territórios em todo mundo estavam de alguma forma subordinados a alguma potência da Europa Ocidental.

    Anteriormente, várias regiões do continente asiático já estavam sob ocupação ou influência europeia, especialmente dos portugueses (várias áreas da Índia e Indonésia, Sri Lanka, Malaca (Malásia), Macau (China), Mascate (Omã), Barém, e Nagasaki (Japão)), espanhóis (Filipinas) e holandeses (Indonésia, conhecida como Índias Holandesas). No fim do século XIX e início do XX, porém, tal panorama havia sido bastante modificado. Portugal àquela altura perdera quase todos seus territórios asiáticos, mantendo apenas algumas possessões na Índia, além de Macau e Timor; a Espanha perderia as Filipinas aos americanos em meio às concessões feitas durante a guerra hispano-americana de 1898, e os holandeses conseguiriam preservar suas possessões na Indonésia, tornando-se esta a sua mais importante colônia.

    A Oceânia é o continente cuja colonização ocorreu mais recentemente, mas, mesmo antes da chegada dos europeus, suas terras já eram habitadas por inúmeros povos nativos, entre eles osaborígenes australianos, considerados um dos mais primitivos do mundo. Os primeiros humanos a habitar a Oceania vieram do sudeste asiático.

    - África
    Na metade do século XIX a presença colonial européia na África estava limitada aos colonos holandeses e britânicos na África do Sul e aos militares britânicos e franceses na África do
    Norte.
    A descoberta de diamantes na África do Sul e abertura do Canal de Suez, ambos em 1869, despertaram a atenção da Europa sobre a importância econômica e estratégica do continente. Os países europeus rapidamente começaram a disputar os territórios.
    Em algumas áreas os europeus usaram forças militares para conquistar os territórios, em outras, os líderes africanos e os europeus entraram em entendimento à respeito do controle em conjunto sobre os territórios. Esses acordos foram decisivos para que os europeus pudessem manter tudo sob controle.
    Grã Bretanha, França, Portugal e Bélgica controlavam a maior parte do território africano, a Alemanha também possuía lá, muitas terras mas, as perdeu depois da I Guerra Mundial.
    Os estilos variavam mas, os poderosos colonizadores fizeram poucos esforços para desenvolver suas colônias. Elas eram apenas locais de onde tiravam
    matérias-primas e para onde vendiam os produtos manufaturados.
    Talvez o pior legado do Colonialismo tenha sido a divisão da África em mais de 50 Estados cujas fronteiras foram demarcadas sem dar a menor importância aonde as pessoas viviam e como organizavam sua própria divisão política.
    As fronteiras atuais, em geral, dividem uma única comunidade étnica em duas ou mais nações. Por exemplo: embora a maioria dos Somalis vivam na Somália, eles constituem uma significativa minoria no Kênia e na Etiópia e muitos deles gostariam de ser cidadãos da Somália.
    Outro legado ruim do Colonialismo foi o seu efeito na vida econômica dos povos africanos. O sistema colonial destruiu o padrão econômico que lá existia. O colonialismo também ligou a África economicamente às grandes potências e os benefícios desse sistema sempre vão para os países poderosos e nunca de volta para África.
    A história da exploração econômica teve um papel importante na forma como certos governos africanos independentes, se preocuparam em desenvolver suas próprias economias. Alguns países como a Costa do Marfim, criaram uma base econômica orientada para a exportação dentro das regras coloniais. Outros, como a Tânzania, procuraram redirecionar sua economia para a produção de grãos e de bens necessários para o seu povo.
    O terceiro mal causado pelo colonialismo foi a introdução das idéias européias de superioridade racial e cultural, dando pouco ou nenhum valor às manifestações culturais dos povos africanos. Aos poucos os africanos estão recuperando o orgulho por sua cor, raça e cultura.