quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Fascismo

Fascismo
 é uma forma de radicalismo político autoritário nacionalista que ganhou destaque no início da Europa do século XX. Os Fascistas procuravam unificar sua nação através de um estado totalitário que promove a mobilização em massa da comunidade nacional, confiando em um partido de vanguarda para iniciar uma revolução e organizar a nação em princípios fascistas. Hostil a democracia liberal, ao socialismo e ao comunismo, os movimentos fascistas compartilham certas características comuns, incluindo a veneração ao Estado, a devoção a um líder forte e uma ênfase em ultranacionalismoetnocentrismo e militarismo. O fascismo vê a violência política, a guerra, e o imperialismo como meios para alcançar o rejuvenescimento nacional e afirma que as nações e raças consideradas superiores devem obter espaço deslocando aqueles considerados fracos ou inferiores,  como no caso da prática fascista modela pelo nazismo.
O fascismo emprestou teorias e terminologias do socialismo, mas aplicou-as sob o ponto de vista que o conflito entre as nações e raças fossem mais significativo, do que o conflito de classes e teve foco em acabar com as divisões de classes dentro da nação. Defendeu uma economia mista, com o objetivo principal de conseguir autarquia para garantir a auto-suficiência, e a independência nacional através de protecionista e políticas econômicas intervencionistas. O fascismo sustenta o que é às vezes chamado de Terceira posição entre o capitalismo e o socialismo marxista.
Influenciados pelo sindicalismo nacional, os primeiros movimentos fascistas surgiram na Itália, cerca da Primeira Guerra Mundial, combinando elementos da política de esquerda com mais tipicamente a política de direita, em oposição ao socialismo, ao comunismo, a democracia liberal e, em alguns casos, o conservadorismo de direita tradicional. Embora o fascismo é geralmente colocado no extremo direito no tradicional espectro esquerda-direita, os fascistas em si e alguns comentaristas argumentaram que a descrição é inadequada.
Cenas do Fascismo

Na primavera italiana do ano 1945, mais precisamente no dia 29 de abril, na praça Loreto, em Milão, terminava o sonho fascista e imperialista do Duce Mussolini, de alguns de seus altos funcionários e de sua amante Claretta Petacci. Depois de abatidos, os corpos dos líderes fascistas foram expostos para o povo e, pouco a pouco, uma multidão foi ali chegando para constatar pessoalmente o fim do chefe dos camisas pretas, aliado de Hitler e derrotado pelos Aliados.

Centenas de metros de películas em 16mm foram ali utilizadas, documentando aquele momento histórico, mas, exceto algumas cenas, ficaram sem montagem, guardadas em arquivos particulares. Dois cineastas italianos Angela
Ricci-Lucchi e Yervant Gianikian italianos, conhecidos pela realização de filmes de recuperação histórica, recuperaram e montaram uma hora de películas e fotos dessa época, num filme produzido pela Televisão Arte,
sob o título Pays Bárbaro, mostrando o colonialismo italiano na África e os métodos fascistas de Mussolini aplicados contra os africanos, considerados praticamente como subhomens e pouco acima dos animais.
"Retornamos a Locarno depois de alguns anos, conta Yervant. Desde 1970, consultamos arquivos diversos e construímos aparelhos para filmar fotogramas em desuso. E assim nas nossas viagens a arquivos encontramos imagens esquecidas, relacionadas com a guerra colonial italiana, apoiada pelo povo italiano, pela Igreja e até pela esquerda". Uma parte dessas imagens, já em fase de deterioração, é usada em negativo.
Citando o escritor italiano Ítalo Calvino, Yervant lembra não terem sido documentados os massacres cometidos pelas tropas italianas na Itália, inclusive com o uso de gás letal aprovado pelo Duce. Mas restaram as imagens da morte de Mussolini e de seus seguidores mais próximos fascistas. Elas documentam o fim do fascismo para alertar contra o risco do ressurgimento do fascismo na Itália e na Europa.
As encontradas cartas de amor de italianas aos seus namorados na guerra colonial evidenciam a situação de pobreza vivida pela população no interior italiano. Muitos viam a guerra colonial como uma chance para sair da miséria, porém um parte dos soldados voltava estropiada e outros morriam.
A guerra colonial utilizada como argumento nacionalista político e econômico, dentro do absurdo sonho do Duce de ter um Império, teve sequência com a Segunda Guerra e terminou, deixando sequelas, com a derrota do Eixo Mussolini-Hitler.
Cenas de religiosos católicos mostram como a Igreja apoiou e participou ativamente do esforço colonial fascista para "levar a civilização aos bígamos e selvagens africanos", quando na verdade era a Itália que se comportava como um país bárbaro, promovendo massacres de populações, utilizando a tortura e o extermínio sistemático.

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